ir para o Museu Virtual Brasil
Ministério da Cultura apresenta:
A+ a-

O Teatro do Concreto foi criado em Brasília, no ano de 2003. O grupo cênico, de caráter múltiplo, reúne membros de diversas regiões administrativas do Distrito Federal, desde a região central até a periferia.


São as problemáticas do homem contemporâneo e o espaço urbano que inspiram as peças interpretadas pelo grupo. Como uma espécie de coletivo criador, o Teatro do Concreto mantém sua organização interna de forma horizontal, de modo que todos tenham a oportunidade de se expressar e colaborar com a elaboração dos roteiros.  Assim, apesar de cada um exercer seu papel no palco ou atrás das cortinas, durante o processo de constituição dos roteiros, todos se transvestem em múltiplos personagens. O ator torna-se diretor e vice-versa.


Para consolidar esse processo de criação, o grupo segue um método que se baseia em seis práticas: colaboração, todos têm espaço para opinar sobre o roteiro; depoimentos pessoais, cada membro é instigado a compartilhar experiências pessoais; imagem poética, cada um é responsável por criar cenários, instalações que vão apontar sua perspectiva sobre  a cena;  investigação, a pesquisa de campo, em que se busca captar aspectos do espaço urbano que sirvam de matéria prima;  conavaccio,  estruturação do roteiro  realizada pelo dramaturgo, a partir do material cênico produzido nos ensaios; e as cenas concretas,  ensaios abertos, com a presença de pequenos públicos - que têm a oportunidade de expor seus pontos de vista sobre a peça, sugerindo mudanças. Essas encenações são baseadas em roteiros simples, articulado com improvisações.

 
Trajetória e conquistas

O espetáculo “Sala de Espera”, uma adaptação do romance “A doença uma experiência”, de Jean-Claude Bernardet, foi o primeiro trabalho profissional do Teatro do Concreto.  Encenado em 2003, a peça teve como palco a UnB.

 Em 2004, novos artistas passaram a integrar o grupo, que, naquele ano, iniciou uma pesquisa sobre a vida e obra do dramaturgo Plínio Marcos. A investigação durou dois anos e deu origem a peça “Diário Maldito”, que teve sua estreia no Teatro Oficina do Perdiz, em novembro de 2006.  A peça teve grande repercussão em 2007, fato que contribuiu para que o grupo tivesse mais visibilidade no cenário nacional.

Em parceria com o Grupo Galpão, de Belo Horizonte, em 2006, o Teatro do Concreto encenou “Borboletas tem vida curta”, que “explora a memória a partir de sons, objetos e nos leva a uma viagem emocional pela infância e suas descobertas inaugurais”. 

Dentre as produções do grupo, pode-se destacar: “Sala de Espera” (2003), “Borboletas têm vida curta” e “Diário Maldito” (2006), “Inútil canto e Inútil Pranto pelos Anjos Caídos” (2007), “Ruas Abertas” (2008), “Entrepartidas” e “De repente Brasília” (2010). 

No ano de 2011, em comemoração aos 7 anos do grupo, foi publicado o livro “Concreto em 7 atos”, constituído por textos sobre o processo de criação dos espetáculos e  depoimentos de outros autores sobre suas relações com o grupo.  Na época da publicação do livro “Concreto em 7 atos”, o jornalista e crítico paulista, Valmir Santos, afirmou que, “pela inquietação formal e pela prospecção empenhada a cada abordagem, o Teatro do Concreto vem inscrevendo uma história e uma linguagem consistentes na cena de Brasília, retroalimentando pedagogias, práticas, poéticas e políticas com os pares locais, de outros Estados e de outros países” . No mesmo ano também foi realizada a mostra “Concreto em 7 atos”, na qual o público pôde prestigiar as “experimentações cênicas” do Teatro do Concreto, em espetáculos e intervenções urbanas.

Além do Distrito Federal, o grupo já levou suas peças aos estados de Goiás, Paraná, Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Imprimir Enviar artigo para um amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Escritório de Histórias
Belo Horizonte: Rua Monteiro Lobato, 315 sala 402 - Bairro Ouro Preto - Belo Horizonte- MG - Tel: (31) 3262-0846

Patrocínio: Realização:
Entrar | Créditos
Bertholdo © 2009