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O arquiteto que projetou edifícios de Brasília nasceu em 15 de dezembro de 1907 na cidade do Rio de Janeiro, e formou-se em arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes no ano de 1934. A partir daí começou a trabalhar como arquiteto, no escritório de Lucio Costa. Em 1940, conheceu Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo Horizonte, que encomendou a criação de um conjunto de edificações que ficaram conhecidas como Conjunto Arquitetônico da Pampulha.

 

 

 

 

Oscar Niemeyer
Fonte: Arquivo Público do Distrito Federal

 

Em 1946, como membro do Comitê de Planejamento da Organização das Nações Unidas (ONU), ficou encarregado de desenvolver o projeto da sede do recém-criado organismo internacional, localizada em Nova York. Seu trabalho ganhou o primeiro lugar.

Nos anos 50, Oscar Niemeyer projetou uma série de edificações antes de iniciar o trabalho em Brasília, como o edifício Copan e o Parque do Ibirapuera, ambos em São Paulo, a Casa Edmundo Caravelas, em Petrópolis, a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte, e muitos outros. Em 1956, Juscelino Kubitschek entrou novamente em contato com Niemeyer para falar sobre a construção de Brasília. O arquiteto se empolgou e aceitou o desafio de projetar a nova capital: “Comecei a pensar em Brasília certa manhã - setembro de 1956 - quando Juscelino Kubitschek, descendo do seu carro na Estrada da Gávea, parou no meu portão e, levando-me para a cidade, expôs o problema. Minha primeira reação correspondeu ao interesse que essa obra representava, interesse profissional e afetivo, pois via nela empenhado o velho amigo a quem me ligavam outros trabalhos, outras dificuldades e uma antiga e fiel amizade. Daí em diante passei a viver em função de Brasília”. (NIEMEYER, Oscar. Minha experiência em Brasília. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Revan, 2006, p.8).

 

Em 1957, foi nomeado chefe do Departamento de Urbanismo e Arquitetura e iniciou os trabalhos no Rio de Janeiro. No ano seguinte, decidiu mudar-se para o local da construção, fechando seu escritório no Rio de Janeiro e residindo em uma casa popular na avenida W-3, em Brasília. O objetivo era acompanhar de perto o andamento das obras, em tempo integral, com dedicação exclusiva. “Não podemos dizer que as condições encontradas fossem satisfatórias. Contudo, prevaleceram, com surpresa, um entusiasmo, uma determinação e um espírito esportivo que afastaram todas as dificuldades. Sentíamos, por outro lado, que colaborávamos numa obra importante; uma cidade que surgia como uma flor naquela terra agreste e deserta”, afirmou o arquiteto. (NIEMEYER, Oscar. Minha experiência em Brasília. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Revan, 2006, p. 11-12).

Em Brasília, Niemeyer elaborou mais de cem projetos, todos em pouco tempo. Para a execução, teve autonomia de formar livremente sua equipe, composta por pessoas com formações diversas, entre arquitetos, jornalistas, advogados, médicos, e outras profissões. Segundo ele, “todos foram úteis e a equipe se fez variada, a conversa foi versátil. O trabalho mais completo, cada um atuando dentro de suas próprias aptidões”.(NIEMEYER, Oscar. As curvas do tempo: memórias. Rio de Janeiro: Revan, 1998, p. 112).

Durante a construção de Brasília, Niemeyer pouco saía da futura capital, possivelmente devido ao árduo trabalho, mas também pelo horror que tinha de viajar de avião. Sempre que podia preferia deslocar-se de carro, aventurando-se pelas estradas precárias entre Brasília e o Rio de Janeiro, enfrentando muita lama ou poeira, dependendo da época.                                   

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