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Jardim Montanhês

Jia foi um personagem famoso no Jardim Montanhês e redondezas. Morava nas bandas da Vila Futuro, mas, como tantos, tinha passe livre e circulava por todo lado onde houvesse córregos, poços, alagados, lagos e lagoas naturais e de enchente. E, nesse negócio de água, o bairro era campeão. O Jia, um negro magro, calado, cabisbaixo, andava descalço já com a calça pega frango, ou melhor calça, pega jia, apelido que ganhou por ser um caçador de jias. Claro, frequentador de bares, entre eles, o Bar do Sapo, onde, em dias especiais, ia gastar o dinheiro com cachaça, resultado da venda do seu colar de j...
Como todos nessa vida, Jadeílson também teve o seu dia de glória. Glória num dia, inglória em outro. Morador do já famoso Jardim Montanhês, lugar pobre meio espremido entre o Aeroporto Carlos Prates e o bairro Caiçara, de gente simples e bondosa, mas também, um lugar estranho. Estranho era Jadeílson, ou melhor, estrangeiro. Recém chegado na vila, fazia  jeito de se mostrar o malandro do pedaço. O seu tempo de ‘playboy’ já ia longe, anterior aos Beatles, aproximando-se mais da geração do samba-canção. Mas, solteiro que era, queria se mostrar para as mocinhas e para as mulheres mais ...
Cenário: Bar do Nô - Rua Alípio de Melo, esquina do Beco Estevão de Oliveira, Bairro Jardim Montanhês, oito da noite de uma terça-feira de novembro de 1972.O bar, de uma porta só, com, aproximadamente, três metros de largura por oito de fundos, tinha um balcão pequeno à esquerda de quem entrava onde ficava o Nô. Ao fundo, uma pequena mesa de sinuca e, de frente para o balcão, algumas mesas. O Bar do Nô servia uma cerveja bem gelada e um tira-gosto de primeira, e ainda contava com a simpatia e a presteza de seu dono.Naquela terça-feira, chegou à minha casa o amigo Geraldo Martins Ferreira, mais...
O que é o que é que bate asas e não avôa?"  Essa pergunta, feita nos anos 60 por moradores do Jardim Montanhês, mostrava a integração cultural do povo com as atividades do Aeroporto. A resposta não tinha muito a ver com aviões, mas, sim, com uma pessoa: "Seu David Canequeiro". E fazia todo o sentido. Seu David levava a vida fabricando canecos no quintal de seu pequeno barraco. Catava latas de leite em pó, entre outras latas menores, e, em sua casa, dava a elas um trato, colocava alça e as transformavam em canecos. Quando tinha um bom volume, as pendurava por todo o corpo e saía pelas ruas do b...
Foi, sem dúvida, nesse retângulo que transcorreu grande parte da infância da maioria dos moradores do nosso Jardim Montanhês. A princípio, como atalho para as compras no armazém do Said, na Rua Pará de Minas, entre as ruas Curupaiti e Itamarati, ou para a ida e a volta da escola (Grupo Escolar Professor Morais). Foi ali também o nosso paraíso para a prática do futebol, para soltar papagaios, atazanar a vida nas ‘barrocas’ (erosões bastante acentuadas entre a pista de pouso e onde é o anel rodoviário) e até como ponto de observação do procedimento detalhado do pouso e decolagem das ...

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